4 de julho de 2007

Passeio


Caminhando por sob a luz da Lua, descalça no bosque, ouço apenas o som das corujas, dos morcegos, que assim como eu, gostam da noite.
A temperatura está agradável, a terra úmida por causa do orvalho que cai devagarzinho.
O chão está forrado de folhas secas que caíram das grandes árvores formando uma espécie de "cama" e é como se estivesse me chamando para ali me aconchegar.
Continuo caminhando e agora já posso ouvir o som da água que desce pela cachoeira formando um manto transparente, refrescante...
Chego até a margem do lago que a cachoeira forma e deixo meu vestido deslizar pelo meu corpo até as pedras que ali rodeiam e entro na água, pouco a pouco, sentindo a água molhar cada parte de meu corpo até que apenas a cabeça fique para fora.
Fecho meus olhos e, esqueço por alguns instantes, é como se existisse apenas a mim e aquele bosque, mais nada. Quando volto a abrir meus olhos, contemplo a Lua, mãe sagrada e observo seu reflexo na água.
Saio da água, me visto e volto para a entrada do bosque, onde a "cama" de folhas está feita e me deito, apenas para relaxar, e sem perceber, acabo por adormecer nos braços da bela mãe que me embala os sonhos.
Quando desperto vejo que a Lua já se foi, dando lugar ao Astro-Rei que precisa brilhar para que a vida continue.
Volto pelo mesmo caminho, agora, o orvalho já se foi, e as folhas parecem mais secas. Agora, as corujas e os morcegos quem me acompanhavam já se foram dando lugar ao canto dos pássaros e ao colorido das borboletas.
Por entre a copa das árvores, posso ver a luz do Astro-Rei que tenta atravessar para iluminar as pequeninas flores que ali nascem. Respiro fundo sentindo um aroma único, puro, sem maldade, cheio de vida.
Ao sair do bosque e chegar a minha cabana, vou direto à cozinha e preparo um café, forte e adoçado com um pouco de mel. Sento no balanço de madeira que está na área e contemplo todo o esplendor do bosque com minha caneca de café nas mãos.

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